*Publieditorial
Texto: Italo Borges | Fotos e vídeos: Izakeline Ribeiro
Uma cidade repleta de História e memória, inspirando e transpirando cultura, foi o sentimento que me invadiu ao adentrar pela Coronel Alexanzito, a Rua Grande, e perceber a beleza dos centenários casarões, a agitação dos transeuntes, cadeiras nas calçadas, música e os aromas das panelas se espalhando no ar.
O Festival de Gastronomia e Cultura de Aracati nos convida a pensar e refletir sobre a culinária cearense, nossa cultura alimentar, a cadeia de produção dos insumos que abastecem nossos centros urbanos, o aproveitamento integral de alimentos, tal qual nosso tradicionalíssimo caju e suas infinitas possibilidades. Nessa edição, pude provar da moqueca, passando pela cajuína e chegando ao brigadeiro.
Outro aspecto fundamental de um evento como esse é o incentivo aos empreendedores dessa cadeia produtiva. No espaço destinado à Agricultura Familiar, conhecemos Cícera e Antônio José, do Assentamento Zumbi dos Palmares, produtores de frutas, hortaliças, macaxeira e mel. Escutar ativamente as conquistas e desafios daqueles que estão na lavoura, nos faz refletir acerca da importância fundamental de seu trabalho, bem como da necessidade de políticas públicas de apoio técnico e fomento, para a preservação dessas comunidades e sua relação com a terra de onde colhem o alimento que supre seus próprios lares e, porque não dizer, os nossos também, seja nas feira agro ecológicas ou programas de alimentação escolar que nutrem nossas crianças com comida de verdade.
Uma cidade que deu luz ou acolheu figuras como: Dragão do Mar, Adolfo Caminha, Francisca Clotilde, Jacques Klein é berço de luta, letras, música, uma miscelânea de cultura e arte que se vislumbra a cada travessa, rua, esquina desse patrimônio histórico e artístico nacional. Que os bons ventos do Aracati soprem e ajudem a difundir o cuidado e gosto pela cultura a todas as regiões no nosso Ceará.