Ceará: INPI reconhece forte relação do mel de aroeira com a região dos Inhamuns por meio de Indicação Geográfica

Foto: Reprodução/Freepik

O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) publicou, na Revista da Propriedade Industrial (RPI), no último 11 de março, o reconhecimento da Indicação Geográfica (IG), na espécie Indicação de Procedência (IP), para a região dos Inhamuns, no Ceará, como produtora do mel de aroeira. 

Reconhecer por meio de Indicação Geográfica identifica a origem de um certo produto ou serviço, e que são característicos de seu lugar de origem.

No entendimento do órgão, após apresentação de documentação ao INPI, o mel de aroeira dos Inhamuns é produzido no período de estiagem, quando há escassez de flores, mas que não afeta a florada da árvore de aroeira.

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Assim, nesse período de seca, já que as flores da aroeira ficam disponíveis para as abelhas, ocorre a produção de um mel monofloral, que é mais puro e apresenta uma coloração âmbar mais escurecida.

O mel de aroira não cristaliza e tem, em sua composição, uma alta concentração de compostos fenólicos, conhecidos pelas propriedades antioxidantes.

A região dos Inhamuns é destaque quando o assunto é apicultura no Ceará. Outros estados que integram a lista de produtores no Nordeste são Piauí e Bahia.

Segundo dados do IBGE, em 2019, o Ceará atingiu 16,99% da produção de mel do país, sendo grande parte dessa produção originária dos Inhamuns.

“Fica evidente que há uma relação forte entre a fama dos Inhamuns e a produção do mel de aroeira, que garante o sustento de várias famílias ligadas à apicultura e fortalece uma cadeia produtiva que movimenta a região como um todo”, diz nota do INPI.

A venda do produto ocorre não apenas localmente, mas também nas regiões próximas, em vários estados do Brasil e no exterior. As regiões Sul e Sudeste são os principais destinos do mel no Brasil.

História do mel de aroeira

O trabalho com o mel na região data da década de 1980, mas há relatos que apontam para a produção antes mesmo desse período, na época em que o mel de abelha era utilizado pelos sertanejos como.

Desde 2001, o trabalho com as abelhas africanizadas ganhou espaço como uma atividade econômica fundamental, segundo o INPI, o que avançou nos anos seguintes, por meio de investimentos em programas que alavancaram a produção de mel.

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