Um encontro de vinho e arte

*Publieditorial
Italo Borges

Por Italo Borges
Especial para o Sabores da Cidade

Vinho e arte são quase que faces de uma mesma moeda. O encontro de uma tradição vinífera milenar se confunde com a expressão artística, o envolvimento de um viticultor, enólogo, sommelier e enófilo com essa bebida tão espirituosa é capaz de nos remeter a um artista plástico, escultor ou escritor que preza e cuida, cada um a  seu modo, do objeto de sua projeção artística.  

Uma confraria de amantes das artes e dos vinhos poderia nos fazer pensar em um ambiente com excesso de formalidades ou até um certo nível de elitismo intelectual. Todavia, a experiência que tive ao participar de um encontro de enófilos amantes da arte foi de puro acolhimento. O encontro ocorreu no Restaurante O Banquete, onde uma mesa cuidadosamente disposta, seria o “palco” da noite enogastronômica regada pela história da arte, o tema proposto: “Uma rota por Champagne”, conduzida pelo casal Cássia Cristine e Elóy Lopéz, uma enófila e estudiosa do vinho e um doutor em História da Arte que nos fizeram passear pelos sabores, mistérios e curiosidades acerca de uma bebida tão diferenciada. 

Elóy Lopéz e Cássia Cristine (fotos: Izakeline Ribeiro)

Champanhe se tornou sinônimo de requinte e sofisticação, sendo que a história milenar desta região vitivinícola possui peculiaridades que remontam dos druidas gauleses, passando pelo Império Romano e chegando à modernidade com o icônico Pierre Pérignon, que haveria sido, pelo menos na tradição, o monge beneditino responsável pela descoberta das borbulhas desse famoso vinho com estrelas. Um jantar harmonizado com espumantes da entrada à sobremesa, intercalado com explanações referentes á história, arquitetura e aspectos enológicos do que era degustado, com certeza rende aquela vontade de se aprofundar no tema e até conhecer “in loco” toda essa pujança cultural da região produtora de champanhes. 



Enquanto Cássia nos apresentava os rótulos propostos para a harmonização, aproveitamos para aprender um pouco mais sobre cada método de vinificação dos espumantes, suas peculiaridades, região de origem, castas envolvidas, tudo propiciando um compartilhamento de  brindes, boas risadas, encontros e reencontros. Entre uma degustação e outra, Elóy nos presenteava com detalhes das magníficas catedrais góticas localizadas em Champagne, seus vitrais, naves, portadas e esculturas que rompem os séculos até hoje. 

Se a arte alimenta a alma e o vinho aquece o coração, longa vida a ambos. Que possamos viver, sentir e degustar arte, vinho, encontros e celebrações com o icônico vinho que é, segundo disse Napoleão Bonaparte, necessário nas derrotas e merecido nas vitórias. Santé!!! 

Para saber mais sobre a confraria acompanhe o perfil no instagram: @vinho.arte

"Ninguém é feliz sozinho. Sempre tem um amor, um amigo ou uma taça de espumante"

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