Sucesso na orla de Fortaleza, Amanda Dantas atrai amantes da confeitaria em busca da sua Fatia da Felicidade

Foto: Arquivo pessoal

Amanda Dantas transformou a venda de bolos de rua em um negócio que atrai muitos clientes, com um crescimento impulsionado pelas redes sociais. A jornada da vendedora, que hoje atrai filas, nasceu da necessidade pessoal de ter um trabalho que a permitisse ficar perto de seus dois filhos, após ter engravidado do caçula.

Antes de se dedicar à confeitaria, Amanda trabalhava como vendedora de panelas, de porta em porta, viajando de segunda à sexta-feira.

O início foi modesto, começando com o uso de uma tábua de passar roupa até conseguir adquirir seu primeiro carrinho de vendas de segunda mão. Hoje, a empreendedora conquistou maquinário por meio das vendas de seus bolos.

Apesar do sucesso atual, que conta com uma melhor estrutura e um forno capaz de fazer seis bolos por hora, o começo foi desafiador. Amanda enfrentou a dificuldade de não ter autorização para vender, o que a obrigava a circular pelo ponto da Ponte dos Ingleses para tentar vender até a última fatia.

Ao Sabores da Cidade a vendedora detalha o seu percurso, detalhando os desafios e conquistas, além de relatar a reviravolta que ocorreu no seu negócio devido às redes sociais. Leia a entrevista completa abaixo.

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Sabores da Cidade: Amanda, como começou o seu negócio de venda de bolos? O que fazia antes e o que te motivou?

Amanda Dantas: Antes eu trabalhava viajando. Era vendedora de porta em porta, viajava de segunda à sexta-feira e ficava o fim de semana em casa. Eu engravidei do meu filho. Depois da gravidez dele, já eram duas crianças, porque eu tenho outra criança de dois anos.

Eu precisava de algo para ficar perto deles e trabalhando. Foi quando surgiu a ideia de trabalhar com os bolos.

Como foi o processo para conseguir o seu carrinho de vendas?

Foi todo um processo. Primeiro eu comecei com uma tábua de passar até eu conseguir o meu primeiro carrinho. Eu entrei em um aplicativo de compra e vendas, consegui o carrinho de segunda mão. Depois comprei outro carrinho.

Você começou vendendo no mesmo ponto em que está hoje ou era em outro local antes?

Antes eu ficava nesse mesmo ponto, na Ponte dos Ingleses. Quando (o movimento) estava fraco, ficava andando, oferecendo para as pessoas. Ficava circulando.

Você já tinha experiência com confeitaria ou foi algo que aprendeu ao longo do tempo?

Na verdade, eu sempre gostei de cozinhar. O bolo não, foi algo em que com o tempo fui me especializando em recheio, em tudo. Tudo é na base do tempo. A gente começa, inicia, e depois a gente melhora em muitas coisas.

Foto: Reprodução/Redes sociais

Como funciona a preparação dos bolos? Quem te ajuda hoje?

Eu fico com meus filhos, tenho duas crianças. Hoje eu tenho uma pessoa que fica me auxiliando na cozinha e meu marido também ajuda. É só a gente. Eu vou me virando como posso. Tem dia que é só eu (preparando os bolos).

Qual o diferencial dos seus bolos? E quais são os sabores que mais fazem sucesso?

O diferencial do meu bolo está na massa e no recheio também. Hoje, os que mais saem são o Bolo de Dois Amores; o Amor de Vó, um lançamento, que também está saindo bastante; e o Brigadeiro Belga, que sempre saiu bem desde o início; e o Morango Trufado.

Quais têm sido os principais desafios de realizar vendas na rua?

O meu maior desafio, logo quando eu iniciei, que eu não tinha autorização, era por conta disso. Não tinha autorização, aí eu ficava circulando para tentar vender até a última fatia. Às vezes não conseguia cliente. Ficava chamando os clientes e eles não queriam.

Hoje graças a Deus faz fila, sucesso. Mas lá no início foi bem difícil. Eu ficava oferecendo de mesa em mesa, oferecia para as pessoas que estavam passando e para as que estavam sentadas comendo ou bebendo alguma coisa. Até eu conseguir vender o último pedaço.

Quais conquistas você conseguiu por meio das vendas?

A primeira conquista foi o carrinho e depois dessa repercussão toda, todo esse sucesso, foi o meu maquinário. Consegui comprar forno, geladeira, mesa industrial. Essa foi a minha maior conquista, montar a minha cozinha.

Coisas que eu não tinha. Eu comecei com o meu forno que só fazia dois bolos. Hoje o meu forno faz seis bolos por hora.

Foto: Reprodução/Redes sociais

Hoje, o seu negócio faz sucesso nas redes sociais e tem fila de clientes. Você imaginava que ele tomaria essa proporção?

Eu não imaginava. Foi por meio de um influenciador que viralizou, a chave virou. Eu fiquei muito feliz. Antes de eu ir para a praia as pessoas já estavam mandando vídeos, comecei a chorar e fiquei muito emocionada.

Agora que seu negócio está em expansão, quais são seus planos para o futuro? Pensa em abrir uma loja física e diversificar os produtos?

A gente sempre pensa o melhor. No momento, agora, a gente está com o pé no chão. Tem esses maquinários que não são baratos, são caros, que a gente está pagando parcelado. Quando a gente finalizar, eu pretendo trabalhar para começar em uma loja, também entrar no delivery, que as pessoas pedem.

Saiba mais

Instagram: @fatiadafelicidadeamandadantas
Endereço: Em frente à Ponte dos Ingleses (Praia de Iracema)
Funcionamento: De sexta-feira à segunda-feira, a partir das 19h30.

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