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Com uma cabeça efervescente de ideias combinada com atenção em detalhes e visão integrada de negócio, Eduardo Castelão, CEO do grupo Colosso imprimiu sua marca e levou o setor gastronômico do complexo a um novo patamar. Além dos restaurantes Zoi e Forneria São Cosme, localizados na Lagoa do Colosso, o grupo agora conta com uma dark kitchen sediada na Aldeota, de onde saem mais de 2500 pedidos por mês de cinco marcas diferentes (Zoi, Forneria São Cosme, Lio, Pratinho Brasileiro, Olo Trattoria).
Em Fortaleza desde novembro de 2018, Castelão veio de Recife, sua cidade natal, motivado pelo desafio de fazer o reposicionamento estratégico para o grupo Colosso. “Uma marca sólida com grandes possibilidades de expansão do negócio e de construir um legado importante para a cidade”, afirma o pernambucano. Confira a entrevista completa.
Sabores da Cidade – O que te pareceu mais desafiador quando você chegou em Fortaleza?
Eduardo Castelão – Reposicionar o Colosso não mais como uma casa de festa, casa noturna era o maior desafio. Com quase oito anos de existência, no momento da minha chegada, o Colosso tinha uma imagem formada na cabeça das pessoas e que precisaríamos mudar. Transformar um espaço de festa num complexo de entretenimento e gastronomia. E quando se falava em gastronomia, um grande desafio que tínhamos pela frente para tornar o Zoi reconhecido por si só, não como “o restaurante que tem lá no Colosso”.
Como era o Colosso em 2018? O que chamou mais sua atenção?
O que mais me chamou a atenção era o potencial reprimido que se tinha por trás do espaço e da marca. A falta de planejamento estratégico bem definido deixou o Colosso de certa forma perdido e um pouco apagado no circuito da cidade, vivendo muito de momentos do passado, quando foi o auge do espaço, entre 2014 e 2016.
Antes disso, me conta um pouco da história do complexo. Quando foi inaugurado? Qual era a proposta inicial? Quando foi inaugurado o Zoi e o que essa nova operação trouxe para o grupo?
O Colosso foi inaugurado em janeiro de 2010 como um wake park. Com o tempo e com eventos atrelados a prática de esportes, não só aquáticos, a pegada para festas foi crescendo e virou o carro-chefe do negócio. Com a necessidade de termos opção de alimentação, criou-se um cardápio de pizzas e depois, em 2016, foi inaugurado o Zoi, trazendo mais requinte para a gastronomia.
Quais ações foram necessárias para chegar ao que o grupo representa hoje na Gastronomia de Fortaleza?
Primeiramente, fizemos um trabalho muito forte de propósito. Saber por qual motivo acordávamos todos os dias para vir trabalhar. Desejo de transformar a cena local, atrelado ao nosso propósito nos guiou a termos um planejamento de curto, médio e longo prazo para sermos reconhecidos como um complexo de gastronomia. Fortalecer o que já tínhamos e planejar novos negócios, novas marcas, que hoje são cinco marcas de foodservice.
O que foi fundamental para definir o novo direcionamento do grupo para a gastronomia?
Entender as dores do mercado, dos clientes. Focar na nossa cidade, onde temos conhecimento e começar a preencher os espaços deixados pelo segmento.
A pandemia foi e segue sendo um desafio para o setor gastronômico. Como foi a gestão para passar por esse momento?
Foi um golpe muito duro. Nós estruturamos nossa operação de delivery durante o lockdown de 2020, mas tínhamos consciência que seria desafiador por sermos novos no segmento e pela nossa localização. Em paralelo, trabalhamos muito nosso posicionamento de marca, pensando no retorno e isso nos trouxe um ganho de fluxo muito grande com a volta do atendimento presencial.
Como foi a decisão de partir do serviço de delivery a criar uma dark kitchen com novas marcas?
Delivery foi visto como um canal de venda dos produtos e serviços que tínhamos e que planejávamos ter. Partimos para uma localização mais central para nossa cozinha (mapa de calor de consumo de delivery) e trabalhamos com as marcas que já tínhamos. Após isso, e sempre analisando o mercado consumidor de delivery, partimos para o modelo multimarca, para dark kitchen. Com isso, temos uma receita geral agregada bem relevante, com diluição de custos e despesas fixas, além de um retorno sobre o investimento mais atrativo.
Como foi o processo de criação das novas marcas e implementação da dark Kitchen?
Identificamos as culinárias de maior volume de vendas no delivery, cruzando com a quantidade de opções de restaurantes disponíveis no mercado. Com isso, partimos para avaliar as dores que o mercado tinha em termos de qualidade, valor percebido, serviço de entrega, etc.
Como você destaca o diferencial dessa operação em relação a outros serviços de delivery gastronômico?
Com a operação centralizada, criamos um app, o Colosso Delivery, onde damos a opção para o cliente selecionar todo e qualquer pratos de todas as marcas num único pedido, chegando no local de entrega de uma só vez. Essa foi uma das dores que identificamos no mercado. Famílias e grupos de amigos que gostariam de culinárias diferentes acabavam por mudar a escolha por comodidade da entrega ou pediam separados e comiam separados, já que não chegam de forma simultânea.
O grupo tem uma série de iniciativas na área da sustentabilidade. Quais você pode destacar e explicar o impacto que tem causado no negócio?
Nossa ação voltada para sustentabilidade é o caminho que estamos trilhando para nos certificarmos como uma empresa Lixo Zero. Atualmente já temos todo o nosso lixo seco (papel/papelão, vidro, latas, etc) doados para cooperativas de reciclagem, gerando renda para mais de 10 famílias e evitando o envio de resíduo para os aterros sanitários. Além do lixo seco, todo o nosso lixo orgânico é tratado e transformado em adubo através do processo de compostagem. Somos a única empresa do segmento no Nordeste que tem um pátio de compostagem integrado na operação.
Quais os projetos do grupo para esse ano? Tanto no atendimento presencial quanto no delivery?
Lançamos, agora em março, uma nova marca do delivery, a Olo Trattoria. Temos outras duas marcas “guardadas” esperando as demais se consolidarem para que possamos bater o martelo do período de lançamento. Para atendimento presencial, temos muitas novidades no cardápio da Forneria São Cosme. Estamos com um cardápio hoje basicamente de pizzas, mas que já temos um menu completo com entradas, massas (inclusive recheadas), risotos e sobremesas. O plano é termos um restaurante completo sob a marca da Forneria São Cosme com foco na culinária italiana, ficando assim com dois ótimos restaurantes no complexo: Zoi e São Cosme.
Como o público tem absorvido as novidades? Já tem uma marca mais querida?
Temos marcas para momentos diferentes. O Zoi, por ser a mais antiga, está mais consolidada, mas com todas elas numa curva de crescimento. Por serem culinárias diferentes, elas acabam sendo complementares, dando mais opção para o mercado. Com isso, não conseguimos identificar uma mais querida que a outra, sendo elas, na verdade, presentes na rotina das pessoas em momentos e situações diferentes.
A gente segue aqui de olho nas novidades que virão por aí e vamos compartilhando com vocês. Além do saboresdacidade.com, você pode acompanhar o grupo Colosso no instagram @colosso.fortaleza.
Pitadas do Castelão
Livro preferido? Rebeldes têm Asas, Rony Meisler
Comida favorita? Comida boa, bem feita, com história por trás.
Receita de família marcante? Brigadeirão da minha falecida Vovó Lia.
Quais os sabores de Fortaleza? Difícil responder, mas por um ótimo motivo: temos uma cidade com uma cena gastronômica incrível, cheio de sabores, de encantos.
Fora os restaurantes do grupo, quais você gosta de frequentar em Fortaleza? Mayú, D’Vinos Wine Bar e Carbone.
Serviço Grupo Colosso:
Delivery (Lio, Pratinho Brasileiro, Olo Trattoria, Zoi e Forneria São Cosme): https://colossodelivery.com/
Lagoa do Colosso – Zoi Restaurante e Forneria São Cosme
Endereço: Rua Hermenegildo Sá Cavalcante – S/N | Edson Queiroz – Contato: (85) 98124-6185.
Horário de funcionamento – Zoi Restaurante (Ambientes climatizado e ao ar livre): Quarta e quinta, das 12h às 15h; das 18h à 0h; sexta e sábado, das 12h à 0h; Domingo, das 12h às 19h.
Horário de funcionamento – Forneria São Cosme: Quarta a sábado, a partir das 17h; domingo, a partir das 16h.